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Naufrágio do Titanic pode ter sido causado por rebites de baixa qualidade

03/07/2014 02:56

O Titanic era, no seu lançamento em 1912, o maior navio de passageiros do mundo, e foi construído a partir das mais avançadas tecnologias disponíveis na época. Mas os rebites usados na sua construção provavelmente não eram nada parecidos com os fabricados pela Ciser: pesquisadores que investigam o naufrágio do Titanic descobriram que a construtora pode ter utilizado rebites e materiais similares de qualidade inferior, o que os torna quebradiços e propensos a fraturas.

Essa suspeita se confirmou após a leitura dos arquivos do próprio construtor, projetista da Harland & Wolff – empresa responsável pelo Titanic. Na época, não estava muito fácil de encontrar fixadores de qualidade no mercado, pois foram construídos os três maiores navios do mundo de uma vez: Titanic, Olympic e Britannic. Cada um deles precisou de três milhões de rebites para fixar os materiais.

Além disso, foram recuperados 48 rebites do casco do navio para a realização de testes e simulações em computador, comparando-os com outros da mesma época. As descobertas também envolveram os locais onde os rebites foram aplicados. A construtora utilizou fixadores de ferro e aço, mas os de aço foram aplicados apenas no casco central do Titanic, onde as tensões são maiores. Os rebites de ferro ficaram na popa e na proa.

O estudo dos destroços mostra que havia seis costuras abertas nas placas da proa do navio. O dano, segundo o doutor Timothy Foecke, do National Institute of Standards and Technology, “termina próximo ao local onde os rebites de ferro se encontram com os de aço”. Especialistas argumentam que rebites melhores provavelmente teriam mantido o Titanic flutuando tempo suficiente para que o socorro chegasse, salvando centenas de vidas.

No entanto, a Harland & Wolff rejeitou a acusação. “Não havia nada de errado com os materiais”, afirmou Joris Minne, um porta-voz da empresa. Minne observou que um dos navios irmãos, o Olympic, navegou sem incidentes por 24 anos, até a aposentadoria. O Britannic, porém, não teve a mesma sorte, e afundou em 1916 depois de colidir com uma mina marítima.

 

[FONTE: CISER PARAFUSOS E PORCAS, jun.2014]

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